sábado, 28 de abril de 2012

Números ou o que somos



Estamos por aí
em meio a números múltiplos
buscando uma vida una
buscando senhas que abreviem nossos dias...
Log ou PG ou PA
não faz diferença.
Somos algo aleatório
número ímpar
sem cara ou dor.
Somos uma fração
vários pontos sem direção
somos mercadorias
cheias de códigos de barra
pedindo para sermos consumidas...
somos assim amor em prateleira
um programa à espera de solução.
Nosso livre arbítrio
é fanstasia
conta não resolvida
carnê a perder de vista...
Somos isso aí
número
manada
cambada
motivo de riso dos partidos
motivo de galhofa de lacaios
motivo de tanta sandice
que não fecha a conta nunca.

Um comentário:

  1. Poesia não é para entender é para sentir dizem os poetas, assim como a pintura, mas não há como não tentar interpretar...
    Quando o poeta fala em livre arbítrio, eu poderia dizer que há um "que" de barroco na poesia apesar de achá-la Realista?

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