sábado, 14 de abril de 2012

Depois


Por muito tempo
lancei garrafas no oceano
barquinhos de papel
pus ribanceira abaixo...
Tudo sem resposta.
Silêncios envelhecidos chegavam em canoas
ou eram trazidos pelo cão.
A conta dos anos era tardia
difusa de exatidão.
As palavras depois de um tempo
amorfinadas pelo delírio
entorpecidas pelo esquecimento voltavam.
Traziam notícias antigas
algumas já reviradas...
mas apenas deixavam nubladas as ideias
e o possível amor misturados a conchas
e a maresias de dúvidas.

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