Quem me procura
a essa hora?
Velas acendem na minha porta
ventos cospem lembranças
amaldiçoam navegantes
rangem nos ladrilhos da casa...
Quem Macário
comprou tua inocência
dilapidou o ventre da morte
andou por entre floresta dos esquecidos
deixou no cruzeiro
uma alma em recorte?
Quem entregou a vida
comeu versos
arremessou verbos
contra a parede de destemperos?
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