segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Você, Ana!



Sim, nunca serás Ana
Nunca.
És brisa
leve demais
És sal a gosto
tempero exótico
rupturas secretas
que o palato deleta
na primeira prova...
Sim, preciso de Ana
a todo instante
- ah, como preciso!
Preciso da pimenta
do coral que instiga
do alho que cura
do açúcar que os lábios trazem.
Ana, Ana, Ana...
preciso desse calor aceso
dessa brasa que não cessa
preciso desse paladar
desse instinto primitivo
de viver no meu limite
e não saber o que é certo...
preciso lamber beiços
morder teus lábios
arrancar sangue
mascar marimbondos
arriscar...
Preciso de você Ana
ontem amanhã
preciso...
preciso cozinhar
destemperar
amalgamar salitrar
adoçar
os momentos em que tenho você...
Ana!

Nenhum comentário:

Postar um comentário