domingo, 10 de junho de 2012

Santa



Em Santa Teresa
sinto um ruir de tempo
diante de fachadas
e casarões estancados
entre olhares curiosos.
Um trilho sem bonde
lembra a vida tirada
criminosamente
lembrando que o silêncio
é a pior forma de deixar o mal gritar
é a pior forma de se ver esparramar
o esquecimento...
Santa Teresa
entre botecos bares e alternativos
um cheiro de comunidade
ainda permanece
um ver a vida entre micos
gatos galos cachorros...
O passado diz presente
mesmo que não queiram
mesmo que não amem
A Santa que nos protege do alto
a cidade flechada de interesses
e lacaios.

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